Ah, saudade. Saudade pra mim é o que prova que o amor resiste a distância, a minha mãe sempre diz que a decepção é do tamanho da expectativa que se cria sobre algo, eu acho que a saudade é do tamanho do amor que se tem ou tinha por algo ou alguém. Às vezes, a saudade faz com que a gente queira voltar no tempo, talvez não pra trazer algo do passado para o presente, mas para voltar para aquela memória e aproveitar cada milissegundo.
Saudade não pode ser resumida em triste ou feliz, ela é muito mais complexa que isso, eu diria que ela é dolorosamente linda, só se sente saudade de algo que amou, e o amor, bem, o amor é lindo. Saudade não se limita apenas aquelas coisas que você já sabe que ama: ela também está naqueles momentos que você não aproveita, e talvez é isso que a torne tão avassaladora: as minhas maiores saudades são daqueles momentos que não aproveitei e daquelas pessoas que eu não manti contato.
Afinal, eu ainda sinto saudade da minha melhor amiga da educação infantil, eu ainda sinto falta de brincar de polícia e ladrão no recreio, eu ainda sinto falta de olhar desenho antes de ir pra escola, eu sinto saudades de coisas que eu achava que eram pra sempre, e não foram. Nem nós, pessoas, somos "pra sempre", nossos momentos também não serão, o que nos basta é aproveitar. Saudade é o motivo de eu tentar aproveitar ao máximo cada oportunidade, afinal, basta desembaralhar e adicionar algumas letras, e então “momentos” viram “memórias”.
“Porquê o “pra sempre” sempre acaba…”